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O DIABO VIVO E ATUANTE NO MUNDO

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por Corrado Balducci S.J.

O autor é especialista em demonologia, tratado que nos últimos anos tem ficado de lado nos cursos de Teologia.
Afirma a existência e as características do demônio bem como sua atividade no mundo de hoje.
No tocante à queda dos anjos, Balducci propõe três hipóteses:

1) pecaram por orgulho, não querendo submeter-se ao domínio de Deus;
2)  os anjos pecaram por inveja ao tomarem conhecimento da dignidade a que foi elevada a criatura humana no estado paradisíaco;
3)  pecaram por não querer adorar o Filho de Deus feito homem. Esta terceira hipótese é a mais divulgada.

Quanto ao número de demônios existentes, o autor não o pode definir, mas julga que é muito elevado.

A atividade do demônio no mundo pode ser ordinária (as tentações ao pecado) ou extraordinária (infestação e possessão). Importante é notar que Balducci, embora dedique seus estudos à demonologia, julga ser raros os casos de atuação extraordinária do Maligno. Eis como se pronuncia:

“Este segundo tipo de atividade diabólica é chamado de ‘extraordinária’ porque é muito rara. De acordo com a providência e governo de Deus, o mundo segue as leis e estruturas que foram decretadas pelo Criador e sintetizadas naquilo que é chamado de lei natural. O que quer que ocorra fora desta estrutura – prodígios, milagres, fenômenos preternaturais – é excepcional e, portanto, extraordinário” (p. 119).

Em particular sobre a possessão diabólica escreve Balducci:

“Quando se faz um diagnóstico dos três tipos de intervenção diabólica – infestação local, infestação pessoal e possessão diabólica – não se pode concluir automaticamente, a partir dos sintomas somente, que um dado fenômeno é de origem diabólica. Como temos visto, as ciências da psiquiatria e da parapsicologia também investigam muitos destes mesmos sintomas e, por isso, a possibilidade de haver possessão diabólica deve ser verificada em cada caso individualmente. A intervenção diabólica não pode mais ser postulada, como no passado, baseando-se simplesmente num fenômeno externo que parece ser sobrenatural. Antes, deve-se sempre trabalhar com a hipótese de que haja uma explicação natural para tal fenômeno. Em outras palavras, não se pode nunca atribuir qualquer fenômeno a uma causa preternatural ou sobrenatural quando houver a menor possibilidade de que possa ter uma explicação natural. De fato, não se pode atribuir a causa de um fenômeno à intervenção de superpoderes a menos que se tenha demonstrado a impossibilidade de uma explicação natural. Consequentemente, uma intervenção preternatural ou diabólica nunca pode ser proposta como uma hipótese inicial de trabalho ou, o que é pior, como uma teoria do oculto; tal intervenção pode ser postulada apenas depois de ter sido provada, caso a caso”(R 141).

Balducci assim exprime fielmente o pensamento da Igreja. Esta aceita a possibilidade da possessão diabólica; quer, porém, que cada possível caso seja criteriosamente estudado por peritos em Teologia e em Medicina para não ser confundido um fenômeno patológico com possessão diabólica.

(…)

O Catolicismo não é apavorado, pois sabe que o demônio é um cão amarrado que pode latir muito, mas só morde alguém se lhe chega perto (S. Agostinho).


Dom Estêvão Bettencourt (OSB)
Igreja católica apostólica romana

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